Obter um visto internacional vai além de formalidades, cada país estabelece requisitos próprios de documentação e quando você não cumpre adequadamente, resultam em indeferimento e perda de taxas já pagas. Passaportes válidos, traduções juramentadas, apostilamentos, comprovações financeiras, seguros de saúde e contratos formalizados formam a base do processo. Este artigo detalha o que você precisa reunir para vistos de trabalho, estudo e turismo, além dos erros mais comuns que comprometem pedidos e como garantir que sua documentação seja aceita na primeira tentativa.
Pontos abordados no artigo:
- Cada tipo de visto exige documentação específica
- Quando traduções juramentadas são obrigatórias
- Apostilamento pela convenção de Haia
- Documento como investimento e não gasto
Quando documentação inadequada custa tempo e dinheiro
Muitos brasileiros têm seus pedidos de visto negados por documentação insuficiente ou incorreta. Essa recusa pode acontecer por alguns motivos, seja por uma certidão sem apostilamento, uma tradução feita incorretamente, ou ferramentas de IA e tradutores não capacitados, qualquer um desses detalhes é motivo suficiente para indeferimento.
Além disso, as consequências podem incluir prejuízos financeiros. Taxas consulares (podem variar de R$ 500 a R$ 2.000 dependendo do país e tipo de visto) não são reembolsadas mesmo quando o pedido é negado. Passagens já compradas podem precisar ser reagendadas, o que tem seus custos adicionais. Planos de estudo ou trabalho ficam comprometidos por meses.
Por isso, buscamos detalhar os documentos essenciais para os tipos de visto mais solicitados por brasileiros. Ao longo deste artigo, explicamos diferenças entre exigências de países como Estados Unidos, Portugal, Canadá, Austrália e nações da União Europeia. Mais importante ainda, mostramos como você deve traduzir e apostilar corretamente para garantir aceitação na primeira tentativa.
Documentações específicas por tipo de visto
Visto de trabalho
O ano que se inicia promete trazer oportunidades diversas para várias profissões, principalmente no mercado de trabalho europeu. Recentemente, publicamos um artigo sobre a flexibilização da legislação voltada a vistos de trabalho na Itália, que você pode conferir clicando aqui. Enquanto isso, vamos explorar os documentos que você precisa reunir.
- Contrato de trabalho formal ou carta-convite oficial da empresa
- Registro da empresa no país de destino (CNPJ equivalente)
- Descrição detalhada da função e justificativa da necessidade de contratar estrangeiro
- Diplomas e certificados profissionais com tradução juramentada e apostilamento
- Certificados de qualificação quando profissão é regulamentada no país de destino
Quando se trata de profissões regulamentadas, é geralmente exigido também registro no conselho profissional local, exames de proficiência ou equivalência de diploma e em alguns casos, comprovação de seguro de responsabilidade profissional.
Visto de estudo
Os vistos de estudo geralmente englobam uma documentação padrão, salvo exceções específicas. Diferentemente dos vistos de trabalho, não costumam variar tanto conforme o país de destino. No entanto, o que pode ocorrer são instituições de ensino mais ou menos criteriosas e exigentes.
- Carta de aceitação formal da instituição reconhecida pelo governo local
- Comprovante de pagamento de taxa de matrícula ou bolsa confirmada
- Detalhamento do curso: carga horária, duração, conteúdo programático
- Comprovação de credenciamento da instituição perante órgãos educacionais oficiais
Em países específicos como Estados Unidos, pode ser necessário um formulário I-20 emitido pela instituição. Demais países como Canadá, Austrália e Portugal podem solicitar alguns documentos como o Letter of Acceptance de instituição DLI (documento obrigatório para estudantes internacionais que desejam estudar no Canadá)
No caso dos vistos de turismo, as exigências parecem mais simples à primeira vista. Entretanto, você não pode subestimar a importância de cada documento. A apresentação de reservas de hospedagem para todo o período da estadia é um dos documentos que pode ser necessário. Além disso, as autoridades consulares exigem passagens aéreas de ida e volta confirmadas.
Mais importante ainda, você deve comprovar renda suficiente e vínculos empregatícios no Brasil. Essa comprovação demonstra aos oficiais consulares que você pretende retornar ao país após o período de turismo, reduzindo riscos de imigração irregular.
Quando a tradução juramentada pode ser obrigatória?
Antes de estabelecer quando você precisa de tradução juramentada, precisamos esclarecer as diferenças fundamentais entre ela e uma tradução comum. Essa distinção faz toda a diferença no sucesso do seu processo.
Qualquer profissional fluente nos idiomas pode realizar uma tradução comum. Contudo, esse tipo de tradução não possui valor legal perante as autoridades e, consequentemente, não funciona em processos de visto. Por outro lado, apenas tradutores públicos registrados e nomeados por uma junta comercial estadual podem executar traduções juramentadas. Esse registro confere ao documento fé pública, o que significa que autoridades migratórias, judiciais e acadêmicas o aceitam sem questionamentos.
Esclarecido isso, listamos abaixo alguns documentos que costumam a requisição da obrigatoriedade da tradução juramentada:
- Certidões de nascimento, casamento, óbito
- Diplomas e históricos escolares
- Contratos de trabalho
- Certidões negativas de antecedentes criminais
- Declarações de imposto de renda
- Além de outros documentos quando solicitados (como extratos bancários, laudos médicos e procurações).
O processo correto inclui primeiro a emissão do documento original, apostilamento em cartório autorizado, tradução juramentada e após essas etapas concluídas, o apostilamento da tradução. Essa ordem serve para a tradução juramentada ser fiel a sua forma final. Traduzir antes de apostilar pode acarretar retrabalhos.
O que é e para que serve a apostila de Haia?
A apostila de Haia é um certificado que autentica a origem de documentos públicos emitidos em um país para serem usado em outro signatário da Convenção. O Brasil é signatário ao acordo desde 2016, junto à 120 países, entre eles: Estados Unidos, Canadá, Austrália, Argentina, Japão, China e todos os países da União Europeia.
O apostilamento no Brasil deve ser feito a um cartório de registro civil que seja autorizado, a lista completa de cartórias pode ser encontrado no site do CNJ. Custos e prazos podem variar por estado, sendo possível inclusive o apostilamento eletrônico que costuma ser mais rápido.
Oferecemos solução de apostilamento seguido de tradução, para mais informações consulte nossa equipe de atendimento.
Documentação traduzida é investimento, não gasto!
Processos de visto são investimentos de tempo, dinheiro e energia. Por isso, um pedido negado por documentação inadequada desperdiça taxas consulares não reembolsáveis e compromete planos de estudo, trabalho ou reunião familiar que foram meses em construção.
A diferença entre tradução automática, amadora e profissional está em compreender que oficiais consulares analisam centenas de pedidos diariamente e buscam razões para simplificar decisões. Documentação confusa, incompleta ou inconsistente facilita indeferimentos. Documentação impecável, por outro lado, demonstra seriedade, planejamento e comprometimento.
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